virou a última página do livro.
cheguei! pensou entusiasmada. olhou para todos os lados para ver se alguém a observava.
um pouco de cólera.
um vento frio e seco cobriu sua face.
sozinha no quarto já não pensava mais na história, no desfecho a um ponto de ser solucionado, mas apenas no que teria que abandonar quando terminasse de ler a ultima palavra seguida do ponto final. resolveu então, arriscar-se, a ler repetidas vezes a mesma palavra, mesma sentença.
leu baixinho, para que apenas ela escutasse. nem as janelas, nem o silêncio das paredes de seu quarto poderiam ouvir tal confissão.
a primeira da última vez, a ultima vez da primeira, voltei, as palavras ficaram gravadas, e com receio olhei pelos cantos dos olhos para ver se mamãe e papai nao viam. Peguei novamente o livro. E li bem baixinho, bem baixinho a minha confissão...
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